Gerir um negócio é algo que vai além das questões burocráticas e administrativas, de delegar tarefas e cuidar de rotinas do dia a dia de trabalho. É algo mais complexo e abrangente, que demanda, principalmente, ações estratégicas que consideram inúmeras variáveis. Uma das mais importantes é a gestão e o desenvolvimento de pessoas.
Por isso, antigos modelos de gestão, com posturas autoritárias e tomadas de decisões arbitrárias foram deixados no passado. Em seu lugar surgiu um novo modelo, onde há foco no desenvolvimento de pessoas, que são reconhecidas como a maior riqueza de uma empresa.
Esse gestor se tornou um líder desenvolvedor, um profissional mais forte, comprometido com resultados e capaz de liderar situacionalmente e obter os melhores resultados, mais crescimento e sustentabilidade
Este artigo traz uma reflexão sobre o papel do RH, dos profissionais de gestão e demais colaboradores para as organizações que buscam sempre a melhoria contínua. Confira!
O RH é um dos principais pilares sobre os quais se sustentam diversas áreas de uma empresa. Seu papel é fornecer insumos, ferramentas e estratégias eficazes, que contribuem para que gestores e equipes alcancem resultados cada vez melhores.
Por isso, podemos dizer que RH e gestores caminham de mãos dadas, de forma colaborativa, mas com responsabilidades diferentes. O RH promove ações de desenvolvimento para que líderes exerçam suas funções com eficácia. Em paralelo, estes colocam em prática, junto às suas equipes, as técnicas aprendidas, mas sempre com o suporte do RH.
Alguns definem os colaboradores como o maior capital de uma organização. Outros já se referem a eles como o maior patrimônio ou o maior ativo que uma empresa possui. Independentemente da definição usada, o fato é que uma organização só existe por que pessoas a desenvolvem e constroem, a fazem existir.
Processos só funcionam se houver pessoas capacitadas por trás deles. Da mesma forma, metas e objetivos só são alcançados se houver profissionais engajados, motivados e dispostos a buscar por eles. Por isso, quanto melhor for a gestão deste patrimônio e quanto mais o planejamento estratégico estiver focado nele, melhor e mais positivos serão os resultados.
Mas o que difere uma boa gestão de pessoas de uma má gestão? Veja a seguir algumas percepções sobre isso.
Este tipo de gestão possui características fáceis de serem percebidas, e seus resultados também. Entre elas temos:
Organização e planejamento não devem ser confundidos com algo estanque e engessado, mas vistos como ferramentas que permitam o alcance mais rápido dos resultados. Quando a rotina é rígida, não há espaço para propostas de melhorias e as pessoas se percebem apenas como executores.
Desta forma, o potencial delas pode ser prejudicado e a produtividade fica sempre abaixo do que são capazes de entregar. Ambientes com falta de flexibilidade, horários e ordens que precisam ser cumpridos à risca, sem espaços para negociações ou alterações, podem causar estresse e desmotivação.
Normas e regras precisam existir em qualquer ambiente, seja profissional ou pessoal, público ou privado. Mas o excesso delas e o foco apenas no cumprimento das mesmas, mesmo quando há espaço para adequações, pode causar insatisfações e, consequentemente, baixo engajamento.
De forma geral, ficam claras as hierarquias, relações de poder autocrático e o desempenho individual tende a não ser reconhecido. Diferente do líder, que acompanha e dá suporte à sua equipe, as chefias estão mais focadas em dar ordens, cobrar e pressionar por resultados.
Há momentos em que os líderes precisam ser “chefes” acompanhando e cobrando resultados. No entanto, a postura é de colaboração e haverá sempre disponibilidade para ajudar a equipe.
Quando as pessoas são vistas como parceiras de negócios, os resultados tendem a ser muito positivos, pois este modelo de gestão contribui para melhoria dos processos, aumento da produtividade e, consequentemente, dos lucros. Neste tipo de gestão, que além de resultados busca o desenvolvimento de pessoas, encontramos:
A flexibilidade abre espaço para inovação, criatividade e torna a rotina muito mais produtiva. Por serem reconhecidas como parceiras, as pessoas tendem a ter resultados muito melhores. As relações são baseadas na confiança e o foco é no resultado, não no cumprimento de horários, normas e regras rígidas.
Quando há descentralização de tarefas e o líder delega algumas atribuições, ele promove maior engajamento e o desenvolvimento de pessoas. A autonomia na realização de atividades, e até mesmo em algumas tomadas de decisão, aumenta o comprometimento e a motivação.
Apesar de haver metas distintas de acordo com cada área, uma empresa é impulsionada a partir de esforços individuais que somam para o alcance de um objetivo comum. Sendo assim, quando gestores e equipes compreendem o negócio e trabalham de forma interdependente e integrada, não há espaço para competições e os resultados são alcançados de forma mais eficiente e rápida
Relacionamentos são bases sobre as quais a cultura e o clima organizacional se estabelecem e, por isso, quando há comunicação entre os setores, a colaboração é estimulada. Isso contribui para que os objetivos sejam alinhados e os processos sejam otimizados, fortalecendo o comprometimento e o aumento da produtividade.
Um líder pode trabalhar de diversas formas no desenvolvimento de pessoas e existem diversas ferramentas, boas práticas e metodologias de trabalho para este fim. A seguir, listamos as mais comuns e que podem ser facilmente aplicadas junto às equipes
Disciplina e motivação estão intimamente ligadas. Por isso, a correta utilização de ações como controle do tempo, aplicação coordenada de esforços, orientação e direcionamento adequados para metas, contribuem efetivamente para a aprendizagem e, consequentemente, para o desenvolvimento de pessoas.
Profissionais que encontram um ambiente desenvolvedor, onde a disciplina é uma ferramenta que contribui para a autorregulação, tendem a ser mais motivados e direcionados aos objetivos, desejam adquirir novos conhecimentos, aumentar cada vez mais suas competências e serem bem sucedidos.
O feedback é uma excelente maneira de alinhar os profissionais aos interesses organizacionais e promover o desenvolvimento de pessoas. É uma das principais ferramentas de comunicação entre líderes e liderados que, quando usada corretamente, cria proximidade através do diálogo e promove um ambiente mais saudável e produtivo.
Quando gestores conseguem transmitir os pontos avaliados com clareza e objetividade, de uma forma positiva, ele transforma erros em aprendizado, aumenta a motivação, a satisfação e o desenvolvimento pessoal.
Todos sabemos da importância da comunicação eficiente e objetiva como elo de ligação entre gestores e suas equipes e que este é o melhor caminho para alcançar os resultados.
Neste processo, saber escutar é tão importante quanto saber transmitir informações. Por isso, trabalhar a escuta, ouvir os liderados, valorizando suas ideias e ações, promove o sentimento de pertencimento, valorização e, consequentemente, a motivação.
Pessoas têm perfis diferentes e isso é positivo quando usado a favor do trabalho colaborativo. Se pensarmos que todos têm como objetivo comum o alcance das metas da organização, então o trabalho em equipe e a sinergia dentro dela precisam ser valorizados.
Quando todos se percebem como um único time, os conflitos são minimizados e o grau de engajamento aumenta. Logo, o desenvolvimento de pessoas se estabelece de forma mais dinâmica, fácil e rápida.
Uma liderança mais humanizada cria um ambiente de trabalho mais saudável e tranquilo para todos e também mais produtivo. A humanização aumenta a motivação e o engajamento, fazendo com que as pessoas vistam a camisa da empresa. Veja a seguir algumas dicas para o exercício de liderança mais humana.
É fundamental que todos se sintam importantes e pertencentes à organização. Saber valorizar as contribuições de cada um e garantir oportunidades de crescimento para todos, é uma das características do líder desenvolvedor.
Identifique os conhecimentos e competências que cada liderado precisa e incentive a busca pela aquisição deles. Se possível, ofereça programas de treinamento e desenvolvimento, pois quando a gestão possibilita a busca pelo aperfeiçoamento, pela qualificação, isso aumenta a motivação e o crescimento.
Já falamos sobre isso , mas é sempre bom reforçar a importância da liderança que utiliza a integração e a comunicação como formas de desenvolvimento de pessoas e equipes. São dois pilares interdependentes que criam empresas mais fortes, coesas, engajadas, produtivas e motivadas.
Apesar de formarem um time, sabemos que cada um possui suas particularidades, diferentes competências, interesses, habilidades e conhecimentos. E essa visão precisa ser estendida para fora do ambiente corporativo.
É o caso, por exemplo, de um profissional que precisa prestar exames para um curso ou um pai que precisa levar o filho ao médico. Ser empático e flexibilizar em situações como estas, cria proximidade e relacionamentos mais sólidos.
Mostre disponibilidade, auxilie quando for necessário, tire dúvidas, ouça opiniões e sugestões e acate as que forem mais adequadas. Compartilhem conhecimentos e ideias. Isso promove crescimento para a empresa e para todos.
Fazer a gestão e o desenvolvimento de pessoas é fundamental, mas demanda a aquisição de habilidades e competências essenciais. O MBA Gestão Estratégica de Pessoas: Desenvolvimento Humano de Gestores oferece o que um líder precisa para exercer uma gestão de qualidade, focada no desenvolvimento de pessoas e na busca por resultados cada vez melhores.
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