A gestão tem 4 funções básicas e muitos gestores esquecem de praticá-las se transformando em meros resolvedores de problemas. O professor Marcos Fábio, sócio-diretor da Formatar Consultoria alerta sobre a importância das bases da gestão.
Em tempos de hipercompetição avassaladora, as empresas e as pessoas acabam sendo pegas de surpresa devido à velocidade com que as coisas acontecem. Tarefas, prazos e planos acabam se perdendo pela corriqueira falta de tempo.
Neste mesmo mercado onde clientes são disputados centímetro a centímetro, ainda assistimos as empresas perdendo competitividade por falta da boa e simples gestão.
Se investigarmos as funções da administração, teremos 4 funções básicas:
A capacidade gerencial de qualquer empresa ou pessoa, está diretamente ligada à sua capacidade em lidar bem com essas 4 funções, porém, com o passar do tempo passamos a confundir gestão com resolução de problemas.
Você é um motorista profissional e recebe a missão de levar uma carga Belo Horizonte para a capital do Acre. Como um bom motorista, você pesquisa toda e qualquer informação útil para que nada de errado ocorra em sua rota (distância entre as duas capitais, pedágios, condições da estrada, etc).
Entretanto, ao iniciar a viagem você descobre que retiramos de seu caminhão o velocímetro, o hodômetro (instrumento que mede a distância percorrida em Km), o marcador de combustível, o GPS, o relógio e o indicador de temperatura do motor. Também providenciamos a retirada de todas as placas indicativas da estrada (distância, trevos, semáforos e faixas de regulamentação).
Diante disso, pergunto-lhe: você conseguirá chegar ao seu destino? E se conseguir, será no tempo planejado e no custo pretendido?
Com certeza não! Você não conseguirá cumprir o seu objetivo. Ou você ficará sem combustível, ou perderá muito tempo abastecendo em todo o posto que vir pela frente.
Mais ainda, se você não conhecer a estrada, perderá mais tempo pedindo informações ou se aventurará por trevos desconhecidos e, quando você descobrir, já terá rodado muitos quilômetros em vão, subindo o seu custo de operação.
Tudo isso porque, lhe tiramos seus instrumentos de gestão.
Assim como neste caso, a empresa e as pessoas que nela trabalham necessitam de instrumentos de gestão para a tomada de decisões. Caso contrário, passaremos a ser meros resolvedores de problemas.
Assim como o motorista precisa de informações para planejar o seu percurso, a empresa precisa das informações para realizar uma boa gestão. Portanto, saber onde estamos, para onde vamos, como vamos e quando vamos, torna-se crucial para a gestão eficaz do negócio.
Estas informações devem, ou pelo menos deveria, estar no planejamento estratégico da empresa.
Para que a rota seja cumprida e a carga entregue no prazo certo, com o custo certo, o motorista precisará exercer sua gestão sobre o percurso, acelerando mais em alguns trechos, andando mais devagar em outros para não forçar o veículo ou mesmo para evitar acidentes e, caso necessário, tomar desvios em caso de obstrução da estrada.
Para que o planejamento da empresa seja cumprido, o gestor deverá monitorar os indicadores de desempenho de cada área para garantir que teremos o produto certo, no tempo certo, no cliente certo e no preço certo.
Os indicadores são nossos instrumentos de gestão que nos permitem corrigir rumos, acertar custos e a enxergar oportunidades de melhoria ou ameaças aos nossos objetivos.
Obviamente, os problemas continuarão a existir e, assim como o caminhão quando estraga precisa ser consertado, os problemas empresariais precisam ser resolvidos.
O problema, porém, é quando passamos maior parte do tempo com o caminhão na oficina resolvendo problemas ou em estradas fora da rota, pelo simples fato de termos ignorado as revisões, as manutenções e as informações do percurso.
Lembrem-se os equipamentos do caminhão representam os seus instrumentos de gestão, as sinalizações da estrada os indicadores do mercado e o volante, a sua capacidade de dirigi-lo. Para se ter sucesso, ambos precisam ser observados.
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Ele foi produzido pelo professor Marcos Fábio, sócio-diretor da Formatar Consultoria Empresarial de Divinópolis e baseado num capítulo de seu livro, Olhar Empreendedor.
Além de parceiro Século XXI, Marcos Fábio é Administrador de empresas e mestre em administração profissional com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas.
É professor empreendedor pela Babson College em Boston/USA. Atua também com palestrante e Instrutor de cursos, além de professor de cursos de graduação, pós-graduação e MBA´s.
Se quer saber mais sobre gestão você pode conferir nosso artigo com 6 passos para um planejamento estratégico de sucesso.
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