Por Marcos Fábio Gomes Ferreira
Certamente, a pior ideia já pensada e implementada quando falamos de Desenvolvimento Econômico, é a de um Estado investidor. Sabemos que o desafio de qualquer governo é gerar emprego, renda e fazer o desenvolvimento econômico acontecer.
Mas, isso não significa que deva ser o governo (União, Estados e municípios) a investir. Digo isso por duas razões principais:
Levando isso em conta, fica claro que o governo não deve arriscar um recurso que não é seu em uma atividade em que ele não tem competência.
Sendo assim, você pode estar se perguntando: como o governo em suas esferas federal, estadual ou municipal poderia então gerar desenvolvimento econômico, emprego, renda e assim, melhorar as condições sociais da população? A resposta, de tão óbvia parece até simplista, mas não o é!
A melhor maneira de um governo gerar desenvolvimento econômico é fazer justamente o contrário que muitos políticos pregam, ou seja, sair completamente de cena, assumindo que não é o seu papel fazer investimentos e, sim, apenas criar uma ambiência para que os empreendedores (grandes ou pequenos) possam realmente exercer o seu potencial.
Isso significa praticar alguns verbos que nós brasileiros esquecemos ou nunca conjugamos verdadeiramente: desburocratizar, incentivar, reduzir o peso do Estado, reformar verdadeiramente as leis retrógradas que temos e que nada favorecem à competitividade de uma empresa e, principalmente, DESREGULAMENTAR, pois o excesso de regulamentação torna nossas empresas mais lentas e caras, fazendo com que percamos competitividade internacional.
Existem duas frases muito ditas no meio empresarial:
Desde que saímos da ditadura, todos os nossos governos foram socialistas. Só que todos esquecemos que, para fazermos o bem e melhorar a vida da população, precisamos de dinheiro e, para termos dinheiro, precisamos ter empresas pujantes e competitivas gerando trabalho, emprego e lucro.
Agora, para e pense no trabalhão que um empreendedor tem para abrir uma empresa, para gerar trabalho e ainda ter lucro. Nossa legislação é um convite a não empreender! Se não empreendemos, o governo não arrecada; se o governo não arrecada, não tem dinheiro para cobrir seus custos e nem, muito menos, para fazer o tão aclamado e divulgado social.
Ser social para mim é dar oportunidade de trabalho!
Um Estado menos regulador e controlador seria menor, com custos menores, sem falar que teria menos oportunidades para a corrupção. Um estado menor e mais livre permitiria que mais empresas viessem para cá, pois, O DINHEIRO NÃO ACEITA DESAFORO E NEM SER MALTRATADO! Nos países ricos essa riqueza só foi gerada por causa de seus empreendedores.
Se quiserem gastar um tempinho, assistam a uma série do History Channel chamada Gigantes da Indústria. Lá vocês verão porque os Estados Unidos saíram de uma guerra e, em 50 anos, se transformaram no líder da economia mundial.
Não foi por causa do governo! Os nomes Rockefeller, Vanderbilt, Carnegie, Astor, Ford e Morgan são sinônimos do chamado “sonho americano”. Eles desenvolveram uma visão ousada e criaram grandes indústrias que foram base para o progresso no mundo.
Hoje, o nosso vizinho mais próximo, o Paraguai, está nessa onda: Estado mínimo, desburocratizado e incentivador do empreendedorismo. Resultado disso? Atração do capital empreendedor e, pasmem, segundo o site www.folha.uol.com.br em matéria publicada em 31/12/2017, sete em cada 10 indústrias abertas no Paraguai, em 2017, são de brasileiros.
Daí fica a pergunta: será que precisamos ter uma Petrobrás ou um BNDES? Será que é esse o papel do Estado? Será que é isso que é desenvolvimento econômico? Bom a resposta já foi dada nas linhas acima.
—–
E aí? Gostou do artigo? Ele foi escrito pelo vice-presidente da ACID, Marcos Fábio Gomes Ferreira. Aproveite para compartilhar nas suas redes sociais e acompanhe as novidades da Século XXI Conveniada FGV.
Marcos Fábio é administrador de empresas e mestre em administração profissional com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas.
É professor empreendedor pela Babson College em Boston/USA, onde também se qualificou em Inovação & Empreendedorismo.
É sócio-Diretor e fundador da FORMATAR Consultoria Empresarial, empresa líder no seu segmento no Centro-oeste de Minas Gerais e Consultor organizacional com vasta experiência em negócios.
Foi agente de desenvolvimento em Itabirito-MG e diretor de desenvolvimento econômico de Santa Luzia-MG.
É conselheiro de administração em empresas familiares, além de atuar como professor associado da HSM educação executiva.
É Professor de MBAs em instituições como FGV, UNA e PUC Minas e autor do livro Olhar Empreendedor – Reflexões para atitudes.
É também colunista semanal do jornal Gazeta do Oeste com temas ligados ao mundo corporativo. Como empresário, além da Formatar Consultoria Empresarial, é investidor em franquias de varejo.