O Brasil já está sob um novo governo e com isso as expectativas para o ano que se inicia são animadoras para o país e é claro que o agronegócio também está otimista. Porém, entra governo, sai governo e o produtor brasileiro continua com a preocupação em buscar recursos para o agronegócio.
Haverá recursos suficientes? As taxas de juros serão vantajosas? Quais serão as condições para obter crédito?
O início de um novo governo está envolto em muitas dúvidas e preocupações por parte dos produtores, mas uma afirmação parece ser consenso entre os analistas: “Não faltará crédito para o setor”.
Entretanto, o que poderá ocorrer é que as fontes de recursos para o agronegócio mudarão, com menor participação do estado e maior presença de instituições privadas e cooperativas de crédito.
Pensando nessa nova conjuntura, apresentamos algumas das principais fontes de recursos para o agronegócio que certamente manterão esse setor como um dos maiores produtores do mundo. Além disso mostraremos como obter tais recursos de uma forma mais assertiva.
Em toda nova safra, a preocupação do produtor é sempre conseguir recursos para o agronegócio, sejam eles destinados para a compra de maquinário, implementos, fertilizantes, animais ou para outras necessidades.
Historicamente, o agronegócio brasileiro sempre foi caracterizado por receber investimentos provindos em sua maior parte do Estado, ou seja, bancos e financeiras estatais eram as principais fontes de recursos para o agronegócio.
Entretanto, em seu plano de governo, o até então candidato à presidência, Jair Bolsonaro dizia: “Devemos identificar quais são as áreas em que realmente o Estado precisa estar presente, e a que nível. Em alguns casos, pode ser por ações ou atividades específicas, em outros, atuando como regulador ou mesmo negociador”.
Caso isso se confirme, a tendência é que o Estado libere menos crédito e abra mais espaço para as fontes de recursos para o agronegócio que sejam provindas da iniciativa privada, caso dos bancos privados e das cooperativas de crédito.
Em outras palavras, pode-se dizer que o novo governo deve ser mais restritivo na liberação de crédito agrícola estatal, deixando assim mais espaço para o mercado atuar na concessão de recursos para a agropecuária.
Com essa alteração, os recursos possivelmente tenham preços e condições diferentes, mas uma coisa é fato, haverá novas fontes de recursos para o agronegócio.
O crédito sempre foi o elemento propulsor da economia em qualquer um de seus setores, visto que a atividade econômica é dependente de financiamentos para produzir, investir e comercializar produtos.
Com o agronegócio não é diferente. A busca por financiamento agrícola alicerçado nas fontes oficiais de crédito da política agrícola tem uma função fundamental para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
Mas, como já dito, a tendência é que os governos se tornem mais restritivos, agindo mais como órgão fiscalizador e menos financiador, deixando o mercado atuar de forma mais livre e competitiva.
Essa tendência parece ser uma ocorrência quase natural dentro do agronegócio, com o novo governo apenas acelerando esse processo. Isso porque, nas últimas décadas, o agronegócio brasileiro vem se mostrando altamente viável em diversos aspectos, tanto que somos grandes produtores e exportadores de um sem número de produtos.
Todo esse sucesso vem chamando a atenção de diversas instituições financeiras privadas há algum tempo, principalmente aqueles bancos privados com maior volume de ativos, caso do Itaú, Bradesco e Santander.
Esses bancos visualizam o agronegócio com grande potencial, além de altas perspectivas de crescimento, por isso estão aumentando as opções em linhas de financiamento.
Algumas dessas financeiras já estão oferecendo crédito para melhorar a gestão, outras investem mais pesado na pecuária e outras até abrem agências especificas para a oferta do crédito rural.
Diversas são as linhas de crédito oferecidas por instituições financeiras, privadas ou públicas. Essas fontes de recursos para o agronegócio podem ser destinadas a várias necessidades do produtor, tais como custeio, investimento ou comercialização. Veja algumas linhas de crédito a seguir:
Estas formas de oferecer recursos para o agronegócio são as mais tradicionais e visam oferecer empréstimos e financiamentos para a realização de diversas atividades do setor.
Também apresentam taxas de juros variadas, assim como prazos e limites máximos para pagamento. Entre as linhas de crédito mais comuns, pode-se citar: Moderagro, Pronaf e suas diversas variações, Inovagro, Moderfrota, Moderinfra, Programa ABC, entre muitas outros.
Estes títulos permitem que o produtor venda sua safra a um investidor privado com antecedência, para que consiga comprar os insumos necessários ao plantio. Esses títulos podem ser tanto negociados diretamente entre produtor e financiador, como por meio de uma instituição financeira.
Estes são alguns dos títulos mais comuns: Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Certificado de Depósito Agropecuário/Warrant Agropecuário (CDA/WA), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).
Os consórcios estão se popularizando rapidamente no campo. Eles são caracterizados por um grupo de participantes (caso dos produtores) que desejam comprar um bem em comum. Costumam ser mais baratos quando comparados aos empréstimos e financiamentos convencionais.
Geralmente, os consórcios relacionados ao agronegócio são destinados para aqueles produtores que buscam aquisição de máquinas e implementos agrícolas com melhores condições, visto que essa modalidade apresenta custo baixo e diversidade nas formas de pagamento.
Entretanto, os prazos para ter o bem são geralmente longos, por isso um bom planejamento se faz imprescindível, como discutiremos ainda neste conteúdo.
No ambiente rural, é praticamente impossível pensarmos em recursos para o agronegócio sem considerar a participação das cooperativas de crédito.
Cada vez mais relevante no cenário nacional, o cooperativismo de crédito passa por um momento de grandes oportunidades que certamente irá intensificar seu crescimento.
Inclusive, foram essas instituições de crédito que mais contribuíram para os avanços da produção rural, possibilitando investimentos por parte dos produtores em mais tecnologia e eficiência da porteira para dentro.
Além disso tudo, um diferencial das cooperativas de crédito é que não existem clientes nem correntistas. Na verdade, todos são cooperados e ainda se tornam donos das cooperativas.
Além disso tudo, o relacionamento estabelecido entre cooperado e cooperativas tende a ser bastante próximo, resultando em uma vantagem competitiva bastante importante se bem trabalhada.
Com tudo isso, a tendência é que no ano de 2019 as cooperativas de crédito sejam uma importante base para as fontes de recursos para o agronegócio.
De fato, a busca por recursos para o agronegócio continuará sendo uma necessidade de grande parcela de produtores e empresários rurais, visto que será esse montante o responsável por trazer benefícios ao sistema produtivo.
Porém, para que essa captação de recursos seja eficiente e traga os resultados desejados, é importante que exista um bom planejamento, além de maior conhecimento técnico. Tais fatores possibilitarão que a fonte de recursos seja utilizada da forma correta e traga os resultados desejados para o valor investido.
Um planejamento bem realizado também será fundamental na captação desse crédito, pois possibilita, de uma forma mais fácil, juntar todos os documentos e garantias que irão agilizar a liberação do dinheiro.
Além do melhor planejamento e busca pelo máximo conhecimento, o produtor que pretende captar recursos para o agronegócio deverá atender a uma série de condições, tais como:
Tais pontos serão imprescindíveis para o produtor, pois quanto maior a preparação, maiores são as possibilidades de obter o recurso em condições mais favoráveis, conseguindo assim aumentar a produtividade e, consequentemente, a renda.
Portanto, para ter sucesso na captação de recursos, invista constantemente em seu conhecimento técnico, tendo uma visão mais ampla da sua atividade e do mercado!
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