Este artigo foi escrito pelo Coordenador Acadêmico Executivo dos cursos de MBA na FGV – Fundação Getulio Vargas, Agliberto Alves Cierco (Ph.D., D.Sc., M.Sc., PMP e CSM) e contou com a colaboração do Professor e Doutor Mauro Rochlin.
O sucesso das organizações depende muito do estilo de gestão adotado pela alta administração: a famosa visão organizacional. Além disso, os principais fatores para o bom desempenho são: um bom planejamento, empenho, grau de comprometimento, dedicação, bons ambientes de trabalho, empreendedorismo e, principalmente, capacidade de avaliar de onde saem os recursos, para onde vão e como são produzidos.
A visão organizacional é adquirida pela prática ao longo dos anos, mas também por conhecimentos obtidos através de treinamento multidisciplinar.
Atualmente, a indústria 4.0 vem se tornando um assunto bastante difundido contando com as novas tecnologias associadas à Inteligência Artificial – que vieram para ficar – fazendo com que o maior desafio seja atingir objetivos precisos com recursos limitados, reduzindo custos e otimizando processos.
Cada dia mais as organizações estão acompanhando detalhadamente os prazos para conclusão das etapas dos processos, reavaliando o escopo dos projetos e focando na qualidade do produto acabado, que assim atenderá às demandas dos clientes, em muitos casos ultrapassando as suas expectativas! Sem dúvida, os conhecimentos contábeis associados à estratégia organizacional voltada para o marketing estratégico são preponderantes para o sucesso das diversas ações para melhoria de processos e produtos.
A Gestão Empresarial pode ser definida como uma estrutura de desenvolvimento dos processos, organizados e voltados para uma estrutura estratégica com missão, valores e ações capazes de administrar os recursos humanos e financeiros de toda a organização, viabilizando estruturar todo o planejamento, processos organizacionais, comunicação e a tomada de decisão.
Um bom exemplo no qual a Gestão Empresarial como um todo funciona muito bem é a Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo depois da Boeing e da Airbus. A Embraer assinou um acordo com a americana United para a venda de até 39 jatos E175 por US$ 1,9 bilhões de dólares, e as entregas começarão no segundo trimestre de 2020. Essas aeronaves substituirão aviões de 70 lugares mais antigos que atualmente operam com os parceiros regionais da United. Incluindo este novo contrato, a Embraer vendeu mais de 585 jatos E175 para companhias aéreas na América do Norte desde janeiro de 2013.1
A evolução do cenário econômico do país coloca as empresas e seus profissionais diante de um quadro cada vez mais desafiador. As mudanças que se desenham no horizonte, especificamente as reformas previdenciária, tributária e de comércio exterior, podem representar a abertura de um novo horizonte para a economia brasileira. Com as reformas, um conjunto de externalidades positivas é esperado.
De início, haverá impacto no humor dos investidores. Com a perspectiva de recuperação das contas públicas, o chamado risco Brasil deverá se reduzir, e isso certamente irá favorecer a retomada do investimento produtivo no país. Como o nível de investimento deverá aumentar, a oferta de empregos também deverá ser favorecida. Com mais emprego, um aumento de renda se revela um prognóstico muito previsível. Esse crescimento de renda, por sua vez, poderá garantir o aumento da demanda em geral, “retroalimentando” o processo de retomada.
Some-se a isso a possibilidade de redução de custos representada, de um lado, pela reforma tributária e, de outro, pela reforma de comércio exterior. Do lado tributário, a promoção de reformas que racionalizam a cobrança de impostos e que desonrem o produtor pode contribuir, e muito, para baratear o produto local. A desregulação do comércio exterior também tem papel importante: aumentar a oferta de produtos no mercado nacional e, assim, promover um choque de concorrência. O principal desdobramento desse quadro deverá ser uma busca por mais eficiência e um consequente esforço em termos de redução de custos.
Em resumo, a emergência de um ciclo virtuoso é possível.
As oscilações de humor do mercado acerca da política e da economia brasileira parecem passar longe da indústria automotiva. A Scania anunciou um programa de investimentos de 1,4 bilhão de reais de 2021 a 2024, além de um aporte extra de 75 milhões de reais que começam a ser aplicados imediatamente em um novo centro de pesquisa e desenvolvimento em São Bernardo do Campo (SP).
O anúncio da marca de caminhões e ônibus, que está há mais de 60 anos no País, vem em um momento que outras montadoras também estão apostando suas fichas por aqui. Hoje, a unidade conta com 4.500 funcionários e garantirá 400 novos empregos.²
Recentemente, a General Motors anunciou um aporte de 10 bilhões de reais em suas plantas no Estado de São Paulo.
A Honda também divulgou aporte de 500 milhões de reais em seu parque fabril de motos na Zona Franca de Manaus.
De acordo com a Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi) há nove grandes projetos no Estado, entre novas plantas e expansões e Minas Gerais deverá receber mais de R$ 10 bilhões em recursos privados nos próximos anos.³
Klabin começa a contratar quase 11 mil trabalhadores no segundo semestre de 2019. As agências do trabalhador de todo o estado do Paraná serão responsáveis por intermediar uma parte das 11 mil vagas de emprego para a expansão da sua fábrica na região de Ortigueira, nos Campos Gerais.
As vagas estarão disponíveis no segundo semestre de 2019. Os novos postos de trabalho serão abertos por meio do Projeto Puma II, que abrange a construção de duas máquinas de papel com produção de celulose integrada. A construção será dividida em duas etapas, com dois anos de duração cada – a primeira começa em 2021 e a segunda em 2023.4
Montadoras atualizam suas fábricas à espera da retomada. Fabricantes buscam reduzir custos de produção com conceito de manufatura 4.0 ! De acordo com pesquisa feita pela KPMG em parceria com a agência Autodata, estabelecer os padrões de manufatura 4.0 é a prioridade das montadoras, com 42,6% das citações. Foram ouvidos 256 executivos do setor.
A FCA Fiat Chrysler investiu R$ 7 bilhões em fábricas e investirá mais R$ 16 bilhões até 2023 nas unidades de Betim (MG) e Goiana (PE). A Volkswagen investiu R$ 7 bilhões em fábricas e prepara novo ciclo de investimentos para período de 2021 a 2015. A General Motors investiu R$ 4,5 bilhões em fábricas e prevê investir mais R$ 10 bilhões até 2014 nas unidades de produção instaladas em São Paulo. A Toyota investiu R$ 1,6 bilhão em fábricas e investirá R$ 1 bilhão em Indaiatuba (SP) até 2020. Honda investiu R$ 1 bilhão em fábricas e até 2021, serão aplicados R$ 500 milhões na fábrica de motocicletas (Manaus). A Jaguar Land Rover investiu R$ 750 milhões em fábricas. A Mercedes-Benz investiu R$ 700 milhões em fábricas e aplicará mais R$ 2,4 bilhões em um ciclo que vai até 2022. A BMW investiu R$ 600 milhões em fábricas.5
A Hyundai Motor Brasil anunciou investimentos de R$ 125 milhões para ampliar a capacidade produtiva da fábrica em Piracicaba, interior de São Paulo, de 180 mil unidades ao ano para 210 mil. O grupo já opera em três turnos de trabalho desde 2013 e manterá seu quadro atual de 2,7 mil funcionários.6
A Heineken, segunda maior fabricante de cerveja do país, atrás somente da Ambev, investirá R$ 550 milhões neste ano no Estado de São Paulo. O aporte vai ser feito na modernização de fábricas localizadas em Araraquara, Itu e Jacareí.7
Todos estes investimentos e o resultado de todas estas iniciativas, que incluem aspectos advindos do Planejamento Estratégico, Contabilidade e Orçamento, Tecnologia da Informação e Marketing como um todo somente se consolidam sobre os pilares de uma Gestão Empresarial de qualidade !
Ótimo segundo semestre para todos!