Como tudo na vida, uma empresa também passa por crise e têm seus altos e baixos. Estas fases podem ser vistas como ameaças ou oportunidades e quando são geridas da forma correta, contribuem para um processo de crescimento empresarial consistente e assertivo.
Tudo depende da forma como ela é percebida, como a empresa está posicionada no mercado e, principalmente, se suas equipes e gestores possuem as competências e habilidades necessárias para superá-la e tirar o melhor proveito dela.
Uma das principais lições das crises é que tudo está em constante evolução e mutação. Portanto, empresas, líderes e demais profissionais também precisam estar em desenvolvimento contínuo, já que esta é uma das melhores formas de estar à frente delas, além de ser capaz de diminuir riscos e perdas antes que aconteçam.
Veja neste artigo se sua empresa está passando por uma crise empresarial e confira algumas dicas que podem ajudar a superá-la.
Há pouco tempo sofremos grandes impactos em diversos segmentos de mercado, no Brasil e em todo mundo, com a chegada da pandemia do coronavírus. Algumas empresas amargaram grandes prejuízos e para outras ela foi letal e fez com que muitas fechassem suas portas por não estarem preparadas para trabalhar com o novo ou em situações tão restritas.
Crises assim são difíceis de serem previstas e, assim como as demais, exigem um alto grau de preparação e um bom programa de gestão de crise.
Algumas são visíveis, como as causadas por ataques criminosos a bancos de dados da empresa, por acidentes naturais e industriais, por boatos ou questões legais que mancham a imagem da marca e trazem grandes prejuízos.
No entanto, no topo da lista, e até como resultado de outras crises, está a crise financeira. Em países com economias instáveis, este quadro pode ser ainda pior e trazer muitos prejuízos para o caixa da empresa.
Por isso, a melhor forma de saber se a empresa está vivendo uma crise, é mapear constantemente os indicadores e resultados organizacionais, em todos os setores, manter-se informado sobre o mercado e a economia, a fim prevenir problemas ou detectá-los com antecedência. Assim, será mais fácil buscar e propor soluções para evitar que eles se tornem maiores e tragam mais prejuízos.
Um plano para gestão de crise deve fazer parte do planejamento estratégico da empresa. Por isso, não espere que ela aconteça para criar um. Isso ajuda a diminuir o tempo de resposta entre seu surgimento e as ações para solução da mesma e a minimizar os desequilíbrios causados por ela.
Este plano deve ser construído pelo time de RH em parceria com as lideranças e deve contemplar quais estratégias serão adotadas caso ela aconteça, como por exemplo:
Antes de qualquer coisa, identifique a crise e não negue os problemas. Reúna equipes, faça auditorias e reuniões e descubra o que está errado. No caso de uma crise financeira, peça ajuda aos gestores financeiros, conheça os números e os intérpretes corretamente.
Somente uma percepção clara do que a está causando, pode permitir que a solução correta seja encontrada. Mesmo que seja uma missão difícil, com bastante disciplina e planejamento é possível reverter um quadro negativo.
Quando a crise é financeira, a primeira ação é criar ações para redução de custos, que vão desde os cortes nos descartáveis para o cafezinho, no uso de papéis e impressões, economia de energia elétrica, até na redução de horas extras e a venda de estoque parado.
Em momentos de crise a integração e sincronia entre as áreas, principalmente entre a diretoria da empresa e o departamento financeiro, são fundamentais. Todos precisam estar cientes dos problemas, conhecer o fluxo de caixa, receitas e despesas e todas as informações adicionais que possam ser cruciais para ajudar a enfrentar e vencer a crise.
Os gestores podem promover encontros entre os times, reuniões, fazer brainstorms, propor a realização de tarefas e outras atividades. Quando todos pensam e trabalham juntos em prol de metas bem definidas é possível encontrar soluções inovadoras para os problemas trazidos pela crise.
É fundamental que todos falem a mesma língua, portanto gestores devem alinhar as informações com suas equipes para que todos trabalhem dentro de uma mesma visão.
Em casos que envolvem prejuízos para a imagem da marca, é indicado designar um profissional que oriente todos os profissionais da empresa sobre qual mensagem deve ser repassada sobre o problema.
Isso é crucial quando a comunicação é direcionada ao cliente, pois garante um bom relacionamento e pode evitar processos judiciais futuros.
Em contextos de crise é fundamental garantir uma boa comunicação interna, com bastante transparência, para assegurar o alinhamento, a confiança, a motivação e a eficácia entre todos os colaboradores e departamentos.
As prioridades das equipes devem ser protegidas para que todos possam manter o foco no que precisam fazer. Por isso, tempo e comunicação devem caminhar de mãos dadas. Reuniões precisam ser planejadas, envolver apenas os profissionais diretamente ligados ao tema e feitas somente em caso de necessidade.
Os feedbacks também são fundamentais em tempos de crise, tanto para solucionar problemas e conflitos, como para promover melhorias, oferecer segurança e conforto.
Nesta hora, um dos grandes desafios dos gestores de pessoas é mapear as equipes e suas competências, para saber quais profissionais possuem determinadas soft e hard skills e remanejá-los, se for necessário.
Quando as pessoas estão alinhadas à cultura organizacional, estão nos lugares certos e se sentem valorizadas, elas se tornam peças importantes, pois vestem a camisa, abraçam desafios e fazem de tudo para superá-los.
Renegocia dívidas, prazos, preços, condições de pagamento e estenda prazos de vencimento até que tudo se normalize, principalmente se a previsão da crise for de curto prazo.
Fique atento ao mercado, à concorrência, às novas tendências e mudanças e identifique novas oportunidades. Inove, adapte serviços, produtos e soluções para que se adequem às novas exigências.
Junto a isso, defina metas e objetivos claros, defina indicadores de desempenho e acompanhe tudo de perto. Isso permite que os resultados projetados sejam mensurados com mais assertividade e clareza
Em tempos de crises, alguns cortes são necessários, mas devem ser evitados ao máximo no que diz respeito à capacitação e retenção de talentos. O desenvolvimento humano deve continuar sendo uma prioridade e o mapeamento de talentos e competências ajuda a identificar onde e em quais profissionais investir.
Cobranças, produtividades e métricas devem ser uma prática constante para mensurar resultados, mas deve haver um equilíbrio para que o resultado não seja comprometido.
O time de RH pode ajudar gestores a analisar perfis e indicar os melhores programas de capacitação para cada time. Foque no desenvolvimento de equipes de alta performance, tanto líderes quanto liderados, e garanta excelentes resultados.
Como você viu, uma crise pode ser enfrentada com muito planejamento, disciplina, redução de custos, estratégias que integram as áreas e uma boa comunicação organizacional e com o público externo.
Junto a tudo isso, é necessário investir na capacitação do time para garantir resultados ainda melhores. Para que eles estejam garantidos, você pode contar com as soluções em desenvolvimento humano oferecidas pela Século XXI Desenvolvimento Organizacional.
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